domingo, março 28, 2010

JUBILEE

Junk é uma canção escrita por Paul em 1968, quando os Beatles estavam na India.

Ela foi originalmente composta para constar na track list do Álbum Branco (The Beatles - White Album), porém acabou não entrando no projeto final.

Junk veio a ser lançada somente no primeiro álbum solo de Paul, o McCartney, de 1970.

O blog separou para hoje um ensaio de Junk, com os Beatles, de quando o nome dela ainda era Jubilee. Play it and enjoy!

Jubilee (early Junk - rehearsal)

quinta-feira, março 18, 2010

PAUL AND PIANO

As Get Back Sessions, que depois viriam a dar origem ao Álbum Let it Be, não foram fáceis. Antes mesmo delas Ringo já tinha abandonado o estúdio durante as gravações do White Album. Em uma entrevista em 1968 John, ao ser perguntado se Ringo era o melhor baterista do mundo, respondeu: "- Ele nem é o melhor baterista dos Beatles!". John se referia ao fato de Paul ter gravado a bateria em duas canções daquele Álbum. Ringo, que de uma certa forma já se sentia excluído pela banda por não compor como Lennon/McCartney e nem mesmo como George, acabou abandonando a banda por duas semanas, indo com a família para a Sardenha. Depois, com a insistência dos outros três beatles, foi recebido com flores e mais flores adornando sua bateria.

Mais: nas mesmas sessões do White Album George tinha levado Eric Clapton para o solo inimitável de While My Guittar Gently Weeps, no intuito de dar uma quebrada no clima pesadão que pairava nos estúdios... É, muita coisa rolou até a separação...

Porém, um fato inegável é que a música dos quatro sempre prevalecia e pairava mansamente sobre um mar cada vez mais revolto. Esses momentos eram ilhas de puro sol e muita paz. Prova disso é esse ensaio de Let it Be, com Paul indo e vindo ao piano, construindo a melodia junto de John, George e Ringo. Bendito transe beatle, magnífico som a nos fazer sonhar cada vez que o ouvimos. Play it again, Paul!

Let it Be (rehearsal)

terça-feira, março 09, 2010

ALWAYS PICKED UP ON ACCIDENTAL THINGS

Por Danilo Hausen, da Beatles Brasil:

Abbey Road é um disco fascinante em muitos sentidos. Além de sua música espetacular e capa mitológica, havia nele alguns detalhes que aguçavam minha curiosidade durante anos. Sempre me intrigou o fato dos dois lados do disco terminarem repentinamente, em cortes secos, sendo que depois de The End, que seria a última música do último disco dos Beatles, há uma pequena canção, que nem era creditada nos LPs. Porque ela estava lá?

Anos mais tarde, após a leitura do livro The Beatles Recording Sessions, do Mark Lewisohn, fiquei sabendo que a fita partiu-se no fim de I Want You e que Her Majesty foi cortada do tape original a pedido de Paul e colocada no final do tape pelo engenheiro John Kurlander. Sua posição original era entre Mean Mr. Mustard e Polythene Pam. Paul gostou quando ouviu e assim ficou.

Os Beatles trabalhavam tão intensamente no estúdio que, quando acontecia algo que os surpreendessem, por muitas vezes eles acabavam deixando o efeito surgido inesperadamente na gravação, ou na edição, ou na mixagem.

Realmente, se Her Majesty tivesse ficado no meio do medley do Lado B quebraria o ritmo, que vinha num crescendo. Agora, não era para ela estar ali, depois do disco ter acabado (na minha humilde opinião).

Como tenho uma maneira muito própria de ouvir Beatles -- incluo nos álbuns as canções que saíram apenas em singles e as que não foram lançadas em lugar nenhum também; escolho as melhores versões das músicas; edito se tem alguma coisa que não me agrada -- achei que o disco deveria finalizar com The End, obviamente. Daí retirei Her Majesty de lá, e junto com as outras faixas que eu tinha de adicionar, procurei uma única brecha no tracklist original, para não alterá-lo muito. A posição que eu achei mais adequada foi depois de Octopus's Garden, que é bastante lúdica, abrindo espaço para outras igualmente animadas, como Ballad Of John And Yoko, Old Brown Shoe e Come And Get It. Na sequência, duas baladinhas do Paul em voz e violão (Goodbye e Her Majesty) e em seguida o disco original de volta.

Resolvendo o problema das 2 canções cortadas, fiz singelas edições em I Want You (terminando em fade out) e em Her Majesty (terminando com o acorde conclusivo de violão). Admito que o fade out foi um final mais tradicional do que o corte seco, mas era o que meus ouvidos pediam nesta ocasião: a música não acabava nunca, e a melhor maneira para representar isso é o som ir se esvaindo aos poucos.

Para o fã dos Beatles, isso pode soar como pretensão. "Quem é esse cara para achar que pode mexer nas canções dos Beatles?" Quero salientar que editei seguindo somente o meu gosto musical, e para uso pessoal. Como o Carlos Edu me pediu para disponibilizar no seu blog, aí estão.

Segue abaixo o tracklist da minha maneira de ouvir o Abbey Road:

01 Come Together
02 Something
03 Maxwell's Silver Hammer
04 Oh! Darling
05 Octopus's Garden
06 The Ballad Of John And Yoko
07 Old Brown Shoe
08 Come And Get It
09 Goodbye
10 Her Majesty
11 I Want You (She's So Heavy)
12 Here Comes The Sun
13 Because
14 You Never Give Me Your Money
15 Sun King
16 Mean Mr. Mustard
17 Polythene Pam
18 She Came In Through The Bathroom Window
19 Golden Slumbers
20 Carry That Weight
21 The End

E mais abaixo você pode ouvir I Want You e Her Majesty editadas. Listen!

I Want You (She's So Heavy) (edited by Danilo Hausen)


Her Majesty (edited by Danilo Hausen)

Valeu, Danilo! FABraços!

segunda-feira, março 01, 2010

LONG TALL COLISEUM

Sensacional registro dos Beatles com Paul interpretando Long Tall Sally (Robert Blackwell, Enotris Johnson e Richard Penniman), uma de suas músicas preferidas na voz de Little Richard, gravada em 1957 no seu álbum Here's Little Richard.

A data é 11 de fevereiro de 1964 e o local é o Washington Coliseum, EUA, durante a sua primeira turnê. na América. O palco foi montado no centro do ginásio, como se fosse um ringue de luta livre, porém sem nada que os separasse do público. Para que pudessem agradar a todos, após algumas canções, o pessoal de apoio (coisa que nem existia na época...) subia no 'ringue' e girava a bateria de Ringo para que outra parte da alucinada plateia os visse de frente. É... Velhos tempos... E a magia estava apenas começando... Cool!

Long Tall Sally (cover - Washington Coliseum - 02/11/64)